A bandeira tarifária tem a função de informar ao consumidor quando a conta de luz estará mais ou menos cara. Contudo, mesmo que mais de 75% das pessoas alegam ler com atenção todas as informações da conta, na prática poucos realmente sabem como funcionam esse sistema de cobrança.
Nesse artigo, nosso objetivo é entender o que os internautas realmente sabem sobre a cobrança em vigor desde janeiro de 2015. Os dados foram retirados da desenvolvida pelo Instituto QualiBest, “Pesquisa Energia”, que conversou com 893 homens e mulheres com mais de 25 anos, das classes ABCD de todo o país.
O sistema de cobrança de bandeira tarifária foi instituído pelo governo em 2013, entrando em vigor a partir de 1º de janeiro de 2015 e apresenta 3 modalidades diferentes:
A nomenclatura por cor diz respeito ao custo que a agência tem na geração de energia (refletido na conta de luz). A ideia é possibilitar que os consumidores possam se adequar em períodos em que a cobrança estiver maior.
O aumento no valor da conta de luz normalmente acontece quando os níveis das represas responsáveis pelo abastecimento das usinas hidroelétricas estão baixos, o que costuma ocorrer nos períodos de seca, entre o outono e o inverno.
No entanto, isso não significa que a bandeira tarifária seja um custo a mais na conta de luz, pois antes do sistema ser instituído esse repasse já era realizado, a maior diferença é o fato dos clientes poderem se precaver com antecedência.
Segundo o estudo “Pesquisa Energia”, 75% dos respondentes leem todas as informações contidas na conta de luz, no entanto o número de pessoas que realmente sabem como o sistema de bandeira tarifárias funciona é bem menor.
Porém, dos 48%, apenas 31% responderam de forma correta aos questionamentos. Mesmo assim os temas conhecidos são limitados, o principal entendimento foi a respeito da variação no preço da energia, com base na aplicação de taxas no valor total da conta, conforme as condições de geração de energia estejam mais ou menos favoráveis. Poucos citam a necessidade da ativação de usinas termoelétricas nas bandeiras amarela e vermelha ou o acréscimo no valor de uma bandeira para outra.
Sob estímulo (após lerem as informações) foi constatado que apenas 22% dos entrevistados conheciam todas as informações e 61% não conheciam a todas.
Assim como a maioria dos estudos liderados pelo Instituto QualiBest, a “Pesquisa Energia” revelou o real grau de conhecimento do público sobre a questão, que nesse caso se mostrou pouco diverso, com a maior parte dos respondentes desconhecendo o assunto em profundidade.
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