A sigla ESG significa governança ambiental, social e corporativa e resume os pilares de sustentabilidade com os quais uma empresa deve estar alinhada para colaborar com menores impactos globais. Além da crise econômica mundial agravada pela pandemia e pela guerra com a Ucrânia, o meio ambiente vem mostrando as consequências do mal uso do planeta durante todos esses anos e pede socorro. Nesse cenário, o ESG atua como uma métrica que avalia o trabalho do empreendedor em relação a esses objetivos, sem importar o porte da empresa em questão.
Realizar boas práticas de ESG auxiliam também a marca, já que ter o nome de um negócio associado a essas ações faz com que o consumidor identifique comprometimento do negócio com as preocupações atuais, gerando assim pontos em comum com o público que podem colaborar para a avaliação positiva do negócio.
Outra vantagem de se adaptar a esse modelo de governança é a retenção de talentos na empresa e redução de custos, uma vez que o ESG também inclui melhores tratos no setor de relações humanas e otimização de serviços. De acordo com um levantamento feito pela Aberje, com 79 empresas (MPMEs, Médias e Grandes) consultadas, 95% delas colocaram o ESG em suas agendas corporativas, enquanto que 67% das organizações têm estrutura formal responsável pelo acompanhamento e gestão dos processos.
Entenda o que significa cada pilar do ESG:
O ESG não possui um protocolo definido a ser seguido, mas a ONU possui uma série de objetivos de desenvolvimento sustentável que podem guiar as atividades da empresa para chegar o mais perto possível do ideal. São eles:
O primeiro erro ao tentar se adequar ao ESG é acreditar que campanhas pontuais e paliativas vão tornar sua empresa sustentável. Existe uma diferença entre doar agasalhos no frio, por exemplo, e criar projetos de apoio às pessoas em situação de rua junto a órgãos públicos para, de fato, prestar atendimento social o ano inteiro a essas pessoas, trabalhando para que elas mesmas consigam comprar seu próprio agasalho. Resolver uma emergência é diferente de mudar uma estrutura ao atuar na causa do problema. Outro erro comum é vender-se como empresa atuante em diversidade e inclusão, mas trabalhar com fornecedores que atuam na contramão desse conceito.
Por isso, para trabalhar com ESG de maneira genuína, é necessário estar atento aos fornecedores, processos internos e relação com o público e o meio. Se você usa material reciclado, mas gera desperdícios despejados em fluxos fluviais, não existe uma atuação verdadeiramente sustentável. O ESG se trata da cultura da empresa como um todo e não apenas de tarefas pontuais. Em resumo, é preciso ter cuidado com o ‘greenwashing’, que significa uma apropriação indevida do discurso para desenvolver a estratégia de marketing.
As vantagens de implantar o ESG em uma empresa incluem menor impacto negativo ambiental, auxílio no desenvolvimento social e econômico, imagem mais positiva do empreendimento no mercado e para o público, economia e otimização dos serviços internos, entre outros.
Um investimento inicial em energia sustentável pode melhorar o faturamento a longo prazo, enquanto que uma ação de mudança social auxilia na reputação da marca. Por fim, boas práticas de governança, que deixem claros os objetivos da empresa e atuem com planos de carreira e bem-estar dos colaboradores, levam a melhores resultados e maior qualidade no trabalho, reduzindo riscos e prejuízos financeiros.
Veja a seguir uma lista de sugestões para implantar práticas de ESG em uma empresa.
Para colocar em prática uma agenda de ESG, é preciso olhar para o macro e entender todos os pontos em que a empresa atua que possuem impacto maior ou menor em um dos três pilares da sustentabilidade. Em seguida, é crucial fazer um alinhamento de estratégias e objetivos do negócio, entendendo pontos como diversidade e inclusão, necessidades dos funcionários, fornecedores, executivos, consumidores e comunidade.
Na lista abaixo, veja os principais elementos que devem ser analisados e revisados:
A partir dessa análise e planejamento, é possível iniciar a implantação aos poucos, realizando ações como coleta seletiva, por exemplo. Mas, mais do que isso, é preciso observar se as estratégias implantadas estão beneficiando a todos os envolvidos, demonstrando cuidado ao aprovar iniciativas.
Em geral, é necessário buscar o bem-estar e a saúde mental dos colaboradores da mesma maneira que se objetiva atuar de forma mais positiva no ambiente. Ou seja, não existem tópicos mais importantes que outros. É preciso estar em equilíbrio com todos os elementos dessa equação.
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