Contar uma boa história é a chave do sucesso para qualquer comunicação. O famoso Storytelling nada mais é do que uma narrativa humanizada da empresa. Muito além de mostrar um conto de sucesso, ela traz as falhas inerentes a todos e fragilidades que foram contornadas e tornaram a marca ainda mais forte nos tempos atuais. Todos esses elementos bem estruturados serão essenciais na hora de capturar a empatia do público, fazendo com que ele vibre e torça por seu negócio como faria ao assistir a um filme.
Mas, como aplicar esse storytelling no cotidiano? Essa linha do tempo do empreendimento será a base para o desenvolvimento de todas as estratégias: com quem vai falar, tom de voz, identidade de marca, quem são os parceiros, os objetivos do produto ou serviço, as metas a curto e longo prazo e assim por diante. Ela pode ser didática, quando escrita na forma de um release institucional, mas também pode ser sutil, estando presente até na maneira como os colaboradores se comunicam nas reuniões, por exemplo.
Uma das coisas mais importantes nos tempos atuais é que a maneira de consumir mudou. O cliente não está mais preocupado com o status que a marca traz a ele, mas sim com a experiência que o faz sentir. Envolvê-lo em sua história e fazer com que o seu consumidor seja parte ativa dela é essencial para que ele se torne fã da empresa, assim como Steve Jobs fez com a Apple, por exemplo – e o fã segue aquele que admira, apesar das fragilidades. Mas, atenção! Da mesma maneira que esse consumidor te admira, ele vai ser totalmente sincero caso você pise na bola. Ficar atento ao que ele diz e tomar providências relacionadas a isso é ponto totalmente positivo para seu empreendimento. Consumidores não buscam empresas perfeitas, mas sim humanizadas e que saibam assumir riscos, erros e desafios. Bem-vindo ao marketing 2021!
Passo a passo para criar um Storytelling
Imagine aquele filme que você ama. Agora, imagine um que você não gosta tanto, mas fez sucesso. O que eles têm em comum? A narrativa. Até mesmo “Macunaíma” segue o modelo de storytelling, mesmo que às avessas. Isso porque existe uma fórmula base para ajudar a criar a sua história. Mesmo assim, antes de começar, lembre-se: não adianta inventar mentiras. Apesar da proximidade, este não é um filme, mas a trajetória e os valores da sua empresa – quanto mais verdadeiro você for com seu público, maior chance terá de estar perto dele.
- Apresente o herói – perfil da empresa, contexto em que ele se apresenta, principais características, maneira de se posicionar no mundo.
- Chamado ao desafio – a missão da marca no mundo, o problema do público que ela pretende resolver com seu produto ou serviço.
- Recusa ao chamado – as ansiedades e medos que passam pela cabeça do empreendedor antes de colocar a empresa no mundo. Neste ponto, lembre-se de ser honesto quanto a suas fragilidades, mas de não criar grandes empecilhos entre o consumidor e sua marca.
- Descoberta de um mentor – aquele que guia suas ações. A melhor escolha é que seja o próprio consumidor, usando a técnica do ouvir mais do que falar para conseguir entregar o melhor serviço.
- Aceitar o chamado – mostrar o cenário que levou a aceitar o desafio, incluindo os pontos positivos do personagem e suas características de superação e coragem.
- O teste do herói – as dificuldades permeando o início da caminhada. Mesmo assim, o herói confia no seu mentor e segue em frente na missão que lhe foi dada.
- Batalha final – a parte mais emocional da história, quando tudo que a empresa passou até chegar a este momento se torna relevante. É quando a plateia vibra com a vitória do personagem principal.
Anotou? Agora, mãos à obra!