Consumidores pós-pandemia do mundo confirmam que têm passado menos tempo nos canais digitais desde que puderam voltar, aos poucos, para a vida normal. É o que dizem os estudos da McKinsey de abril deste ano. Por outro lado, ainda são pessoas que mudaram e aprofundaram muito suas relações com o universo digital desde que a pandemia começou. Por isso, dentro dessas novas experiências, é importante investir num novo modelo de negócio para as empresas, que misture de maneira ainda mais sinérgica o físico com o digital e que coloque o cliente no centro daquilo que a empresa faz.
Os dados mostram ainda que setores de todas as regiões puderam experimentar uma média de crescimento de 20% de usuários totalmente digitais no semestre que antecedeu ao estudo, principalmente um público mais jovem. Agora que o nível de penetração das redes se tornou tão alto, houve uma estabilização e o público afirma que vai diminuir o uso dos canais digitais.
Seja como for, a relação do consumidor com a marca mudou. Estuda-se já o nascimento de uma nova geração de futuros consumidores, a geração Covid, que traz como uma das principais características a exposição maior e desde muito cedo a diferentes dispositivos eletrônicos, por conta do confinamento.
Além disso, os hábitos de consumo de quem já vinha de outras gerações sofreu grande impacto da pandemia. Os aplicativos de compra ganharam maior confiança do público, que passou a exigir ainda mais praticidade e agilidade na hora de consumir.
Como unir o universo físico e o digital?
Muito já foi dito sobre a importância de marcar presença nas redes sociais, criar um plano de marketing digital completo, ter uma plataforma online que facilite a entrega de seu produto ou serviço e temas desse tipo. Mas é possível ir ainda mais além para reunir o físico e o digital. Uma experiência completa na compra de um alimento, por exemplo, pode começar por um aplicativo de pedido do cardápio e terminar no próprio estabelecimento, onde o cliente vai buscar o que pediu. Ao mesmo tempo, é possível ir a uma loja física do Burger King e evitar as enormes filas do balcão enquanto usa o autoatendimento, pelos totens disponibilizados no ambiente. Já em outros setores, que vão da terapia aos shows musicais, plataformas como Zoom se tornaram protagonistas para que as atividades pudessem ser desempenhadas de maneira online, em tempo real.
Mas sabia que dá pra ir ainda mais além nestes tempos pós-pandemia? O céu é o limite e empresas como o Facebook sabem disso. Por isso, as gigantes de tecnologia já estão de olho em um conceito chamado Metaverso, que é literalmente um mundo virtual onde você pode desempenhar atividades reais de trabalho, consumo, lazer e vida social usando a realidade virtual. O metaverso basicamente amplia o mundo físico no digital. Você lembra do Second Life? É como se fosse uma versão bastante avançada da plataforma.
O diferencial do conceito é permitir que os usuários interajam como fariam no mundo real, além de operar em diferentes plataformas interconectadas ao mesmo tempo. Ali também é possível trabalhar de verdade, operando máquinas no mundo real.