Se você é diretor, gerente, gestor ou trabalha na área de marketing de uma empresa, já deve ter ouvido sobre a necessidade de elaborar uma estratégia de comunicação com a Geração Z, certo? Mas por quê? Basicamente porque ela é uma grande oportunidade de mercado, mas não só.
Uma série de pesquisas sugere que a Geração Z expandiu algumas características das suas antecessoras: um grande poder de compra, lealdade às marcas e a defesa de causas pelas quais são apaixonados nas redes sociais.
Logo, se as empresas quiserem explorar esse segmento, vão precisar prestar atenção ao que essa geração valoriza.
Nascidos da segunda metade dos anos 1990, eles são nativos digitais – isto é, pessoas que cresceram quando a Internet já existia e que experimentam a ascensão dos smartphones, o que serve como crítica de gerações mais velhas, que apontam os Z como obcecados demais pelo mundo digital.
Esses jovens, porém, são mais abertos a novas experiências, como demonstrou a pesquisa “A flor deste botão: a novíssima geração de mulheres brasileiras”, do Instituto QualiBest. Uma das conclusões do estudo foi que a experimentação é um elemento fundamental para mulheres dessa faixa etária, em especial com o cabelo, que é uma maneira de expressar empoderamento.
“Para mim não existe um cabelo dos sonhos, mas vários. Eu amo mudar de cor, textura, tipo do cacho, tamanho, com tranças ou sem tranças, volume ou não, e acho todos perfeitos”, disse uma entrevistada de 19 anos, por exemplo.
E qual seria a melhor forma de conquistar esse empoderado consumidor da Geração Z? A seguir, algumas dicas para orientar sua empresa:
Embora o crescimento de compras online continue superando a expansão de lojas físicas, elas ainda representam a maior parte das vendas de muitos segmentos do varejo. No caso da Geração Z, um problema comum é a baixa quantidade de jovens que possui cartão de crédito – um meio de pagamento comum (e muitas vezes a única alternativa) na Internet. Como resolver esse dilema?
Direcioná-los para a compra na loja física, mas informá-los por meios digitais pode ser uma solução. Ou seja: fazer com que esse grupo aprenda tudo sobre produtos por meio de mídias sociais, mas que execute a compra pessoalmente.
Sem contar que, uma vez na loja física, há várias alternativas para atrair esses jovens, como promovendo eventos e oferecendo produtos exclusivos, por exemplo.
Esqueça o banner ou uma pessoa contratada para ficar na porta loja puxando transeuntes para dentro com um microfone e uma caixa de som. Se é um grupo que não sai das redes sociais, a Geração Z também é obcecada por videogames – que, vale dizer, não são mais apenas jogos.
Hoje, os games estão disponíveis em consoles, mas também em smartphones, e são meios rápidos e certeiros de se comunicar com essa geração – a primeira a ser totalmente imersa em um ambiente digital. Portanto, é natural que os jogos se estendam a outros aspectos da vida, servindo como plataforma para a venda de produtos diversos. Focar em comunicações em novos formatos pode ser uma estratégia extremamente conversora e, por que não, inovadora.
A Geração Z é, sobretudo, a geração dos influenciadores digitais, que transformaram completamente a maneira como fazemos compras e interagimos com as marcas – obrigando as estratégias de marketing como um todo a se transformarem junto.
Fato é que esses jovens diminuíram o espaço que separava influenciadores e consumidores. hoje, cada vez mais marcas estão investindo em perfis de celebridades online ou mesmo em personalidades de segmentos muito específicos do mundo digital – como dos games – para se fazerem notar entre a Geração Z. E muitos desses influenciadores estão disponíveis para qualquer negócio – basta conhecê-los.
Outra pesquisa desenvolvida pelo Instituto QualiBest, chamada “O post é pago, e aí?”, apontou que 68% das pessoas nessa faixa etária acompanham influenciadores digitais. Mais do que isso, os dados sugerem que esses perfis são consumidos como fontes de informação.
Essa é uma característica muito própria da Geração Z: para ela, as refeições não são mais vistas como ocasiões isoladas. Ao contrário, fazem parte de um estilo de vida e da identidade de cada um. Os consumidores da Geração Z são realmente o que comem, e suas refeições precisam cada vez mais ter um objetivo.
Isso se demonstra, por exemplo, na predileção dessas pessoas por “pratos étnicos”, isto é, comidas típicas de países relativamente desconhecidos, em sua maioria da Ásia ou da África. Isso pode ser explicado pelo fato de muitos desses jovens terem crescido em um ambiente global, cujos colegas de classe eram mais diversificados do que os das gerações anteriores.
Para muitos especialistas, a Geração Z espera explorar conseguir o mundo através da comida. Portanto, se a sua empresa é desse ramo, conhecer mais desses hábitos por meio de pesquisas de mercado pode ajudá-la a se colocar no mercado de forma inovadora e atrativa.
Nascimento: 1946-1964
Características: idealistas, forte ética no trabalho, autossuficientes, competitivos
Principais desejos: bom atendimento ao cliente e uma experiência profissional de compras
Nascimento: 1964-1979
Características: individualistas, independentes, práticos, educados
Principais desejos: ótimas ofertas e uma experiência de compra confiável e conveniente
Nascimento: 1980-1995
Características: espírito global, conhecedores de tecnologia, bem informados
Principais desejos: experiência de compra flexível, rápida e consciente
Nascimento: 1996-2010
Características: nativos digitais, criativos, experientes, econômicos
Principais desejos: experiências inigualáveis, individualizadas e autênticas
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