Como entender o que se passa pela cabeça das crianças e adolescentes, tão cheios de vontades e de certezas, que mudam ao sabor do vento? Desenvolver pesquisas com o público jovem é um desafio, tanto em relação ao formato de apresentação do conteúdo, quanto do consentimento dos pais ou responsável e do tratamento dos dados coletados.
Mas, apesar dos questionamentos e complexidades dos itens acima, ninguém tem dúvida de que o público jovem está cada vez mais conectado. Crianças e adolescentes não “desgrudam” do celular – assistem desenhos e filmes, conversam entre si, acompanham as redes sociais de influenciadores – um caso de amor sem fim. Então, essa é a primeira resposta sobre a questão do formato do conteúdo: aborde através de um painel on-line atrativo, interativo, como o Kids & Teens, desenvolvido pelo Instituto QualiBest, capaz de despertar e prender a atenção do público jovem em todos os dispositivos – computador, tablet e smartphone.
Mas qual é a faixa etária desse público jovem? No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente considera como criança quem tem até 12 anos incompletos e define a adolescência como a faixa etária de 12 a 18 anos de idade. A elasticidade dessa faixa etária traz ainda mais desafios para a elaboração do conteúdo. Uma criança de 6 anos reage a estímulos de forma totalmente diferente de uma com 11 anos, e o mesmo acontece entre um adolescente de 12 e um de 16 anos de idade.
Por isso, é preciso estar atento ao formato do conteúdo e elaborar perguntas – privilegiando o uso de vídeo, imagem e áudio – que façam sentido visualmente e que também estejam de acordo com a maneira de se expressar de cada universo, sempre de forma positiva. Além disso, as perguntas devem ser curtas, simples, assim como as suas respostas, desenvolvidas de acordo com cada faixa etária.
Ganhando a confiança dos pais ou responsáveis
Como as crianças e adolescentes que fazem parte do painel Kids & Teens são filhos de participantes cadastrados no QualiBest, todos têm autorização de seus responsáveis para participar das pesquisas, garantindo a total aderência às diretrizes da ABEP (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa) e também da ESOMAR (Sociedade Europeia para Pesquisa de Opinião e Mercado) para entrevistas com jovens e crianças, que determina os cuidados especiais e precauções da parte do pesquisador em relação a esse público, orientando que:
- O bem-estar das crianças e dos jovens é a principal consideração – eles não devem ser perturbados ou prejudicados pela experiência de serem entrevistados
- Os pais ou qualquer pessoa agindo como guardiã de uma criança ou de um jovem que participe de um projeto de pesquisa devem se sentir confiantes que a segurança, os direitos e os interesses deles estão totalmente protegidos
- Os entrevistadores e outros pesquisadores envolvidos no projeto devem estar protegidos contra quaisquer desentendimentos ou possíveis alegações de desvio de conduta que possam surgir em decorrência do seu relacionamento com as crianças ou jovens participantes no projeto
- As autoridades e o público em geral devem se sentir confiantes que toda pesquisa realizada com crianças e jovens será conduzida no mais alto nível ético e que não haverá qualquer possibilidade de abuso contra eles
Em conformidade com a LGPD
Além das questões previstas das diretrizes da ESOMAR, ainda temos agora a necessidade de manter o tratamento das informações em conformidade com as regras previstas na LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), prevista para entrar em vigor em dezembro de 2020. Segundo a advogada Ana Frasão, a nova legislação é clara no que se refere ao tratamento de dados de crianças e adolescentes, exigindo o consentimento específico e em destaque dado por pelo menos um dos pais ou pelo responsável legal.
E como o segmento Kids & Teens está cada vez mais conectado, a LGPD prevê a necessidade de se verificar se o consentimento foi realmente dado pelo responsável, evitando que crianças e adolescentes burlem essa determinação, problema que não existe no painel Kids & Teens, já que os participantes tem seu cadastro confirmado via telefone diretamente com o pai ou responsável que já é um usuário do Painel QualiBest.
Ana, que é professora de Direito Civil na UNB, também destaca que a participação em jogos, aplicações de internet ou outras atividades não devem ser condicionadas ao fornecimento de informações pessoais além das estritamente necessárias à atividade, ou seja, no nosso caso, ao tema da pesquisa.
Daniela Daud Malouf, Diretora Executiva do Instituto QualiBest, destaca que o consentimento dos pais sempre foi um grande ponto de atenção no momento de desenvolver pesquisas com o segmento kids & teens. “Realmente a maior dificuldade relacionada a pesquisas com menores de idade está relacionada à autorização dos responsáveis, questão fundamental para cumprir as exigências legais. Mas temos o maior painel do Brasil e um excelente relacionamento com nossos usuários, fato que motiva os pais a autorizarem seus filhos a responderem nossas pesquisas”.
Para tranquilizar os pais em relação à segurança de seus filhos, todos os contatos realizados com os participantes do Painel Kids & Teens são acompanhados por seus responsáveis, que recebem avisos sobre cada pesquisa e a cópia dos comunicados por e-mail, bem como os pedidos de liberação e entrega dos prêmios.
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