O sucesso de uma empresa depende da capacidade dos seus líderes de negócio tomarem decisões assertivas, não apenas no momento que surgem problemas, mas principalmente a partir da avaliação de tendências e demandas de seus consumidores.
Esse cenário pode ser mapeado com uma pesquisa qualitativa, que tem como base o seu caráter subjetivo, ou seja: o resultado não mostra números concretos, mas sim narrativas, ideias e experiências individuais dos participantes pois trabalha com sensações, descrições, comparações e interpretações. Os dados são apresentados no formato Storytelling - ou seja, o relatório busca contar uma história a respeito do que se investigou entregando insights.
A pesquisa qualitativa é a melhor opção quando o objetivo é explorar um cenário ou o comportamento do consumidor, empregando métodos de coleta de dados não estruturados (ou seja, as perguntas são pré-definidas mas o fluxo é livre, como um “bate-papo”). Esse tipo de pesquisa busca descobrir as razões para determinados comportamentos, atitudes e motivos que levam um indivíduo a realizar determinada ação ou a acreditar em algo.
A pesquisa qualitativa tem como finalidade conseguir dados voltados para compreender as atitudes, motivações e comportamentos de determinado grupo de pessoas, entendendo o problema do ponto de vista dos pesquisados. É um tipo de investigação que considera apenas aspectos subjetivos que não podem ser traduzidos em números (diferente da pesquisa quantitativa). Mas, por outro lado, a partir da pesquisa qualitativa podem ser criadas hipóteses, levantados atributos de imagem que poderão ser dimensionados através da pesquisa quantitativa.
Ela também funciona na sequência oposta, quando complementa uma pesquisa quantitativa – ou seja, quando visa aprofundar alguns resultados numéricos de maneira a entender as motivações por trás destes dados.
Ao longo dos anos a pesquisa qualitativa evoluiu bastante e acompanhou a tendência de digitalização de outras áreas de conhecimento. O desenvolvimento de plataformas de pesquisa online facilitou o diálogo e ampliou as possibilidades de coleta de informações. Tudo isso de forma interativa, intuitiva e amigável, o que gera uma maior aproximação com a realidade e a rotina das pessoas.
O Instituto QualiBest sempre apostou que este seria o futuro da pesquisa e tem expertise neste ambiente digital tendo em seu portfólio de produtos: comunidades online, QBook, QMergulho, QTogether.
Os tipos mais comuns de Pesquisa Qualitativa são:
Etnografia – estuda comportamentos por meio da observação. É uma análise do modo de vida de um grupo de indivíduos com características comuns. Isso é feito mediante a observação do que fazem, como se comportam e como interagem entre si em seu ambiente natural. Assim, é possível ter insights importantes sobre suas crenças, valores, motivações, perspectivas e como isso pode variar em diferentes momentos e circunstâncias.
Entrevistas em profundidade, Díades, Tríades e Grupos Focais – Tratam-se de métodos interativos e flexíveis, onde o roteiro de perguntas, apesar de ser pré-definido, não está “preso” a uma ordem – o entrevistador pode sondar e explorar determinados temas, conforme eles forem surgindo, mas sempre focado em atender aos objetivos do estudo. A abordagem pode ser individual, em duplas, trios ou em pequenos grupos (de 4 a 9 participantes) e pode ser online ou presencial. Um ponto interessante deste método é a possibilidade de interação e troca de ideias entre os participantes o que é sempre muito rico.
Observações no PDV – visam entender o contexto de compra, investigando o comportamento do consumidor em determinado ponto de venda (em um supermercado, por exemplo). É interessante para avaliar o impacto dos elementos do PDV na jornada de compra – ex. disposição de produtos, som, iluminação, logística, espaço, comunicação, atendimento etc.
As comunidades online reúnem pessoas em uma plataforma digital especialmente desenvolvida para gerar um ambiente interativo, engajador, onde é possível coletar o que os participantes pensam e sentem em um contexto real, entregando insights valiosos para os líderes de negócio.
Características das comunidades online:
QBook (diário digital)
O QBook é uma ótima ferramenta para compreender hábitos através do acompanhamento da rotina dos pesquisados e suas interações com o tema relacionado à pesquisa. Com esse diário virtual, é possível acessar de forma natural e verdadeira o relacionamento do entrevistado com o tema, oferendo inputs não verbais como imagens, vídeos e fotos trazendo maior “vida” ao estudo.
QMergulho
O QMergulho visa ilustrar os resultados (ou mesmo apresentá-los) através de vídeos feitos pelos próprios participantes com seus próprios celulares onde mostram o seu dia a dia e revelam suas opiniões sobre o tema investigado. É a realidade em movimento, cores, sons e muitos insights. Essa ferramenta permite que se faça um “mergulho digital” na vida dos pesquisados que tendem a ficar mais à vontade e serem mais espontâneos, contribuindo para um entendimento de suas dores e alegrias de forma dinâmica e ágil. Também é possível realizar o mergulho digital em formato de documentário, filmado e editado por cinegrafistas e produtores profissionais.
Técnicas Projetivas: As técnicas projetivas são muito utilizadas em pesquisa qualitativa e são uma forma lúdica de entender percepções acerca de um produto ou marca. Nela os pesquisados são estimulados a projetar seus sentimentos e percepções em outros elementos (ex. se a “marca x” fosse uma celebridade (carro, animal etc.), quem/qual seria?). Através das explicações para tal projeção o pesquisador experiente consegue perceber o que o entrevistado pensa sem perguntar diretamente. São extremamente úteis para tirar os participantes da zona de conforto de respostas prontas, do politicamente correto ou mesmo para ajudá-los a expressar seus sentimentos.
Associações livres: Buscam entender as percepções mais fortes sobre algum tema sem que o participante tenha tempo de racionalizar e trazer respostas confortáveis. Ex. “Quando falo em [TEMA/ MARCA] o que vem à cabeça?”, “Por favor completem a frase: Esta ideia deixa o produto mais _______ e menos _________.
O pesquisador deve possuir experiência, formação especializada e aptidão para conduzir o estudo e lidar com circunstâncias adversas – ex. participantes dominadores, pouco participativos, desafiadores etc. Além do mais precisa estar muito inteirado dos objetivos para não deixar o tema sair do foco e para saber onde deve aprofundar e o que não tem importância.
Com a análise de uma equipe especialista e multidisciplinar, as informações coletadas na pesquisa qualitativa se transformam em inteligência de negócio e insights que trazem o real universo do consumidor para mais perto das marcas.
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