Como os aplicativos de delivery de comida (iFood, 99Food e Rappi), mudaram as relações dos clientes com os restaurantes? A nova pesquisa do Instituto QualiBest foi atrás dessa resposta e descobriu que, se por um lado a facilidade em fazer pedidos por meio das plataformas diminuiu a frequência dos consumidores a esses estabelecimentos, por outro os apps têm permitido descobertas gastronômicas que, sem eles, não seriam possíveis.
Na pesquisa, descobrimos que seis em cada dez usuários de apps delivery (63%) contaram que resolveram ir comer em um restaurante pela primeira vez depois que o conheceram nos aplicativos de entrega. O valor significa um aumento de 12 pontos percentuais em relação à mesma pesquisa realizada em 2020. Isso quer dizer que a experiência com esses aplicativos ajuda cada vez mais a determinar a decisão dos clientes para sair.
“Essa é uma mudança estrutural para esse setor tão relevante da economia, principalmente nas capitais do país. As pessoas continuam comendo fora e valorizando muito esse hábito, mas agora utilizam os aplicativos também como um meio de ter a experiência primeiro em casa – e só então satisfazê-la na rua”, explica Daniela Malouf, diretora-geral do Instituto QualiBest, que também define o dado como antecipação da experiência.
O estudo também mostra que 70% dos entrevistados que usam apps delivery têm por costume usar as plataformas para conhecer não apenas novos estabelecimentos, como também pratos que nunca experimentaram. E 48% dos usuários percebem essa experiência como uma vantagem do uso de aplicativos de delivery.
“Nossos dados mostram que o serviço não é apenas de entregar comida: ele fornece conhecimento sobre o que há de disponível no ambiente gastronômico da região do cliente e antecipa a experiência dele. É assim que os aplicativos se tornaram plataformas de experimentação e de validação dos restaurantes por parte dos consumidores”, completa Malouf.
A pesquisa do Instituto QualiBest mostra que o iFood segue como líder do mercado de entrega de comida no Brasil – já foi utilizado por 75% dos internautas brasileiros (87% entre os usuários de apps delivery) e está instalado no smartphone de seis a cada dez pessoas entrevistadas (63%).
A segunda posição fica dividida entre o 99Food e a Rappi, tendo sido usados por 16% dos respondentes (20% entre os usuários de apps delivery). Os dois apps também se assemelham quando as pessoas respondem sobre qual deles elas já ouviram falar: 53% mencionam a Rappi e 57%, a 99Food (62% para ambos entre os usuários de apps de delivery).
Para produzir esses insights, o QualiBest ouviu – em formato online – 1.200 pessoas de todas as faixas etárias, classes sociais e em todas as regiões do país entre os dias 10 de fevereiro e 22 de março. A análise mostra que se dispositivos como o iFood e o Rappi passaram a direcionar melhor as preferências das pessoas por restaurantes, eles também tiveram o efeito de minguar o ato de ir comer fora. É assim que quase sete em cada dez pessoas ouvidas na pesquisa (68%) revelaram que estão saindo menos para refeições em estabelecimentos na rua desde que começaram a pedir comida por meio dos aplicativos.
“Esse é o principal impacto da facilidade que essas plataformas oferecem – até porque nosso estudo também mostra que os pedidos não são feitos apenas em momentos comuns, como finais de semana, mas também porque as pessoas querem acessar novos gostos gastronômicos”, observa Daniela Malouf.
Mesmo nestes casos, porém, os restaurantes ganham a oportunidade de angariar novos frequentadores: 61% das pessoas dizem que pedem comida nos apps principalmente quando querem experimentar um prato que elas não sabem preparar sozinhas em casa. E 68% dizem que usam as plataformas em dias que não querem cozinhar, como finais de semana e feriados.
Esse dado é corroborado ainda pelo fato de metade dos usuários (50%) ter admitido gastar mais dinheiro com comida pronta depois começou a utilizar os apps. Com isso, o ticket médio de consumo foi de R$ 43,00 em 2020 para R$ 59,00 neste ano – um acréscimo de 35%.
Estudo feito entre os dias 10 de fevereiro e 22 de março de março com 1.200 pessoas que responderam perguntas em questionário online elaborado pelo QualiBest. A amostra – que representa o perfil dos usuários de Internet no país – levou em conta faixa etária, classificação econômica, sexo e estado, cidade e região do país. Todos os entrevistados pertencem à base de dados do instituto, que oferece como incentivo à participação de pesquisas moedas virtuais, que podem ser trocadas por prêmios, ou doações à AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente). O questionário continha questões qualitativas e quantitativas. A margem de erro é de 2.8 pp pontos percentuais.
Você já parou para pensar como as marcas podem impactar os sentidos dos consumidores? O…
As tendências de marketing podem ser definidas como um movimento ou direção que reflete as…
Marketing jurídico é a prática de aplicar estratégias de marketing para promover serviços legais e…
Para entender como as pessoas se alimentam no trabalho, a Sapore – multinacional brasileira de…
No mês de setembro, o Instituto QualiBest apresentou no Varejo Summit um estudo exclusivo que…
As compras online de produtos para pet são uma parte importante do dia a dia…