A pesquisa quantitativa é aquela cujo objetivo está em traduzir todos os dados, números e/ou porcentagens adquiridos em um estudo para conseguir respostas conclusivas sobre temas diversos, descrevendo de maneira concreta os dados e insights coletados.

No entanto, para conseguir esses resultados, é preciso que haja uma amostra (público respondente) que  represente o público-alvo da empresa de maneira verossímil. As amostras de pesquisa são um item de extrema importância para que os dados coletados sejam os mais fiéis possíveis à realidade. Isso significa que ser transparente a respeito dos perfis que compõem um estudo pode ser determinante para os resultados do trabalho. Neste artigo do Instituto QualiBest iremos explicar o que é preciso saber para definir a amostra da sua pesquisa de mercado com exatidão.

Além de ser uma decisão ética, dedicar-se à transparência sobre a origem das amostras ajuda na assertividade, garantindo uma confiabilidade da comunidade científica. É importante ressaltar que esse proceder rigoroso serve tanto para pesquisas qualitativas quanto quantitativas. Quando o processo de amostragem se encerra, o pesquisador precisa ter em mente que essa amostragem selecionada vai responder não só pelos números que representa, mas também pela qualidade dos dados coletados com ela, gerando riqueza para a interpretação e a análise finais.

Considerando que não existem parâmetros exclusivamente quantitativos para definir essas amostragens, cabe ao pesquisador ter clareza e segurança nos princípios que norteiam a busca pela demanda de entrevistados, além de ter na ponta da língua a lista de justificativas que embasam essa escolha.

Entenda o que é amostra em uma pesquisa quantitativa

A amostra de uma pesquisa quantitativa diz respeito a um recorte sociodemográfico da população para criar um grupo específico que corresponda ao público-alvo e assim poder entender seu comportamento para aplicar em uma campanha ou ação específica.

 

Para determinar essa amostra com maior assertividade é preciso primeiro definir quais os objetivos do seu projeto e qual o público que deseja impactar.

A partir disso é preciso escolher o tipo de amostragem mais adequado entre dois tipos principais:

Amostragem probabilística

Consiste em uma amostragem em que todos os participantes tenham uma probabilidade maior que zero de serem selecionados e responder a pesquisa. Esse tipo exige um critério imparcial e aleatório de escolha dos respondentes.

Alguns exemplos de amostragem probabilística são:

  • Amostragem aleatória simples;
  • Amostragem aleatória estratificada;
  • Amostragem por conglomerados;
  • Amostragem sistemática.

Amostragem não probabilística

Esse tipo de amostragem não escolhe os participantes de maneira aleatória. É o tipo que não possui obrigação com o equilíbrio na escolha dos respondentes. São indivíduos selecionados em locais de grande circulação, por exemplo.

Alguns tipos de amostragem não probabilística são:

  • Amostragem de conveniência;
  • Amostragem consecutiva;
  • Amostragem de cotas;
  • Amostragem bola de neve;
  • Amostragem por julgamento.

Além disso, quando falamos de amostra para pesquisa quantitativa, se faz necessário ainda o uso do cálculo amostral, para que os resultados traduzidos em números sejam confiáveis.

Para conseguir isso, o cálculo amostral leva em consideração algumas variáveis:

  • População – o total de respondentes ou eventos;
  • Amostra – a quantidade desse total que é factualmente investigada;
  • Erro amostral – a porcentagem que pode variar do resultado. Conhecido como erro percentual “X por cento, para mais ou para menos”;
  • Distribuição da população – quanto maior for a variação (grupos) da população maior será a amostra necessária;
  • Nível de confiança – é o índice que exemplifica a probabilidade de os resultados serem fidedignos com a opinião dos grupos pesquisados.

Alguns passos podem ajudar na definição transparente das amostras de pesquisa:

  • Entenda bem quem é o público da pesquisa em questão, ou seja, saiba exatamente com quem você quer falar.
  • Saiba a população do seu estudo e defina a taxa de assertividade da pesquisa. É importante ressaltar que população nada mais é do que o número total de pessoas inseridas no público-alvo da sua pesquisa.
  • Determine qual a margem de erro aceitável do seu estudo (na amostragem não-probabilística, não é preciso o cálculo). Isso porque 100% de certeza só se dá entrevistando 100% da população. Nesse ponto, lembre-se de escolher uma amostragem que reflita as características da sua população da maneira mais próxima possível.
  • O número de entrevistas a serem feitas também deve estar alinhado com os objetivos do estudo e com a incidência deste público na população.
  • Entenda qual tipo de amostragem realmente cabe a seu estudo para dar as informações que precisa.

Como definir meu público-alvo?

Para definir o público-alvo de uma pesquisa ou marca, é preciso entender questões como contexto, segmentação de mercado em que se está inserido, objetivos do estudo e outros elementos. Algumas características básicas que você pode alinhar são idades, gêneros, formação, poder aquisitivo e/ou classes sociais, região, hábitos principais de consumo.

Indo mais a fundo nessa delimitação de pessoas para responder sua pesquisa, pode-se considerar alguns aspectos:

  • Geográfico: além da região específica em si, levar em conta aspectos como clima, zona rural ou urbana, entre outros.
  • Demográfico: situações como tamanho da família e nacionalidade também podem impactar o tópico.
  • Questões psicológicas: além do estilo de vida, neste ponto é possível determinar critérios que tenham a ver com o tipo de personalidade, valores e interesses, por exemplo.
  • Comportamento: como a pessoa se relaciona com o uso do produto/serviço que está associado à sua pesquisa, além de como se comporta diante do marketing e conversão.

Como foi possível notar, definir a amostra de uma pesquisa de mercado é o que vai definir a assertividade de uma campanha, por esse motivo é fundamental executar essa etapa da maneira mais segura possível e contando com o auxílio de profissionais qualificados do ramo.

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