Quem são as Jovens Brasileiras que estão desabrochando para o mundo? Qual é a sua vivência para o que é feminino e sua relação com a beleza? Foi para desvendar esses e outros mistérios, que realizamos um estudo sobre as novas jovens brasileiras.
“A flor deste botão: a novíssima geração das mulheres brasileiras” teve como objetivo compreender os comportamentos, atitudes e valores de 692 jovens da chamada geração Z, com idades entre 13 e 20 anos e de 635 mulheres nascidas a partir 1970, consideradas da geração X.
Cada vez mais flexíveis quando o assunto é estética e cada vez menos preocupadas com a opinião dos outros, essa nova geração também conhecida como “nativa digital” entende que não existe um padrão de beleza e que o denominado “feio” se dá apenas pelo olhar do outro, afinal o que é feio para uns, pode ser belo para outros.
Mudanças na aparência, cabelos, roupas e estilo são apenas alguns pontos que demonstram o ideal de liberdade dessa geração que, definitivamente não gosta de seguir padrões. Aliás, liberdade de expressão é o que define essas jovens, pois acreditam que “lugar de mulher é onde ela quiser”.
Cabelos coloridos ou com mechas são os preferidos de 49% das entrevistadas, diferentemente do habitual loiro que somou 36%. Além disso, 25% das meninas afirmam já ter pintado os cabelos e/ou feito mechas e, em média, iniciam estes procedimentos aos 14 anos e que para 78% o objetivo principal da mudança é inovar o visual.
Essa geração também não aceita se sentir aprisionada a uma bandeira ou discurso e 91% declara que cada uma deve arrumar o seu cabelo da forma como se sentir melhor.
“Temos que fazer aquilo que nos deixe bem. Não precisamos fazer isso por causa desses rótulos de beleza que o mundo exige. Se você acha que fica mais bonita assim então faça, se não, não faça. ” (Postagem blog)
Se as jovens da geração Z são mais desprendidas quando o assunto é beleza, o mesmo não ocorre com as mulheres da geração X. Comparativamente, o estudo mostrou que as mulheres da geração X são mais apegadas a essas questões. Enquanto 70% das entrevistadas ficariam tristes se alguém dissesse que elas são feias ou estão acima do peso, o percentual para a geração Z cai para 53%.
Além disso, essas iniciativas influenciam as percepções de ambas as gerações. Feminilidade, beleza, estilos e atitudes podem ser heranças culturais do patriarcado ou de movimentos feministas. Os termos “feminismo” e “machismo” também são mais presentes na geração Z, o primeiro inclusive, fazendo alusão à igualdade de gênero, divisão de tarefas domésticas e equiparação salarial no mercado de trabalho.
Mix de metodologias qualitativas e quantitativas, todas digitais.
A abordagem foi realizada por meio de blogs, diários digitais, netnografia no Facebook, vídeos, whatsapp, análise semiótica complementar e questionários quantitativos online com 692 jovens com idades entre 13 e 20 anos e 635 mulheres nascidas a partir de 1970, de todo o território nacional e pertencentes as classes ABC.
Saiu na mídia: Capricho, Mundo do Marketing, Meio e Mensagem