Um estudo publicado no periódico científico The Lancet mostrou que houve 53 milhões de novos casos de depressão (alta de 28%) e 76 milhões de ansiedade (crescimento de 26%) em 2020, em todo o planeta. Os mais afetados dessa conta são as mulheres e os jovens, principalmente dos países com maior número de casos de infectados pelo vírus. Além disso, os sintomas desses transtornos dobraram em crianças e adolescentes.
Uma outra pesquisa, encabeçada pela Universidade de São Paulo, mostra que o Brasil lidera uma lista dos 11 países com os maiores índices, também afetando principalmente mulheres – vale destacar que a formação familiar mãe solo é a segunda maior do Brasil – e jovens. O país é quem possui mais casos de ansiedade (63%) e depressão (59%), seguido pela Irlanda (61% e 57% respectivamente) e os Estados Unidos (60% e 55% respectivamente).
O que tudo isso significa? Que nunca foi tão importante falar em saúde mental. A USP mostrou uma suspeita que já acompanhava a população: apesar de necessário, o isolamento social pode afetar as pessoas – não apenas os públicos já citados, mas também quem já possuía alguma outra condição mental e quem perdeu o emprego, principalmente.
Mesmo que os gráficos alarmantes tenham surgido em 2020, o ano que seguiu teve novas surpresas relacionadas ao vírus e 2022 ainda traz resquícios da batalha contra a pandemia. Por isso, ainda é importante que a comunidade como um todo esteja atenta a isso e compreenda o novo momento da população de uma maneira empática e criando ferramentas de apoio.
No entanto, com a chegada da vacina, o isolamento se tornou mais brando. Para entender melhor como ela impacta o cenário atual no Brasil, o Instituto Qualibest realizou uma pesquisa e você pode ter acesso aos resultados clicando aqui.
Como a ansiedade e a depressão impactam o consumidor?
O mercado de antidepressivos cresceu e 17% durante a pandemia (quase 100 milhões de caixas), com Amazonas e Ceará liderando as vendas de medicamentos controlados no ano de 2020, de acordo com o Conselho Federal das Farmácias.
Por outro lado, o público também buscou por terapias alternativas. Além de haver uma busca maior por aplicativos relacionados a saúde física e mental, como de exercícios e meditação, o mercado de óleos essenciais cresceu com o isolamento social.
Uma pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) mostrou aumento no uso da aromaterapia para combater depressão e ansiedade. Ela é um ramo da fitoterapia que faz uso de óleos essenciais para seus tratamentos. De acordo ainda com o SEBRAE, estima-se que o Brasil produza 13,5% dos óleos essenciais no mundo, ficando em quarto lugar no ranking de exportação.
Apesar de estar mais ansioso e em busca de alternativas para os sintomas que vêm com essa situação, existe algo que o consumidor buscou muito mais no Google em 2020, de acordo com a pesquisa Year in Search – para além de termos como “exercícios para fazer em casa” ou “ioga”, uma palavra que ganhou mais relevância de busca foi “esperança”.