A viralização de conteúdo pode auxiliar uma marca de diferentes maneiras: fortalecimento dentro do mercado, atraindo novos fãs, fidelizando fãs antigos e gerando conversão final. Às vezes, esse tipo de resultado pode acontecer de maneira inesperada, como o caso do vídeo de “Oração”, d’A Banda Mais Bonita da Cidade, de 2011. Em três semanas, o clipe em plano sequência tinha quase 5 milhões de visualizações orgânicas no Youtube – para uma banda até então desconhecida do público geral. 

 

É possível planejar a viralização de conteúdo?

A resposta é sim! Você pode achar que a selfie de Ellen DeGeneres no Oscar 2014, que se tornou o tweet mais retuitado da história, foi apenas um momento feliz de bons amigos de Hollywood. Mas a verdade é que ele foi programado pelo Oscar e a Samsung – marca do smartphone que ela segurava no momento da foto e que ficou bastante visível durante a transmissão do evento.

O professor de marketing Jonah Berger, da Wharton School — Universidade da Pensilvânia (EUA), criou um passo a passo do marketing viral que tem sido bastante usado pelas empresas. A primeira coisa a se pensar nessa estratégia é a moeda social. Ou seja, além de fazer enxergar valores positivos na marca, é preciso mexer com os valores internos do público, fazer com que ele sinta que tem uma relação profunda com aquele conteúdo.

Em seguida, vêm os gatilhos. É literalmente usar gatilhos mentais em sua campanha para que as pessoas compartilhem aquele conteúdo. Isso significa agentes externos que atuam diretamente no cérebro, que são o estopim para o público associar a marca ao dia-a-dia dele. Ligado a isso, vem a emoção, uma vez que a informação sozinha não faz verão. É preciso que ela toque o coração de alguma maneira, seja pela poesia do conteúdo ou até por algum incômodo que ele cause. “Sentir” o conteúdo é o que vai fazer com que seja compartilhado. 

O público imita o próprio público. Isso dito, quanto mais personagens factíveis com a realidade você trouxer, maior a chance de um grande engajamento inicial e, por isso, de outras pessoas seguirem o fluxo. O valor prático, no entanto, precisa ser o fio condutor desse projeto: por que eu preciso disso? Como funciona? O que agrega na minha vida?  Por fim, é preciso ter em mente o elemento história. Uma boa narrativa e um storytelling bem estruturado vão fazer muita diferença para seu conteúdo. 

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