Durante a pandemia a maioria da população sofreu com as mudanças repentinas na sociedade e mesmo aqueles acostumados com o consumo no mercado de luxo sentiram, em grande parte, seu poder aquisitivo ser reduzido.
No entanto, mesmo com o impacto na renda familiar alguns hábitos, como o consumo de arte ainda persistem. E nesse artigo do Instituto QualiBest você vai descobrir quais foram as mudanças sentidas nas relações de consumo de arte durante a pandemia.
Redução na renda e mudanças nos hábitos de consumo do mercado de luxo
De acordo com a pesquisa “O novo normal do luxo – Moda e Arte” realizada pelo Instituto QualiBest em parceria com o portal de arte contemporânea ARTSOUL e a consultoria de negócios de moda e varejo BACK IN B, com mulheres de alta renda, da cidade de São Paulo, a redução na renda das famílias das 405 entrevistadas, em média de R$ 43.280,00, diminuiu cerca de 29% durante a pandemia.
Como resultado, 83% alegam estar gastando menos nesse período, concentrando seus gastos (além dos itens básicos) principalmente em roupas, livros, itens para casa, wellness e eletrodomésticos, sendo que quase um terço do total se ateve apenas a itens de alimentação e farmácia.
Vale destacar um movimento crescente do consumo de itens do mercado de luxo online, uma relação com a qual as respondentes não demonstraram resistência à aceitação.
Relação com o consumo de arte
Um dos maiores expoentes do mercado de luxo são as obras de arte, a pesquisa constatou que quase 40% das mulheres adquiriram alguma peça de arte nos últimos 3 anos. Sendo que o índice sobe para 61% entre mulheres com renda superior a R$50.000,00.
Anteriormente as opções preferidas de compra eram as galerias e feiras de arte ou diretamente com o artista, mas durante a pandemia, esse hábito motivado principalmente pelo “sentimento que a obra desperta” (motivo de compra de 75% das entrevistadas) foi alterado e essas mulheres passaram a aceitar a possibilidade de comprar uma peça virtualmente.
A rejeição apontada pela pesquisa para esse modelo de aquisição encontrou resistência de apenas 16% do total, sendo que as chances de a compra pela internet acontecer depende de 4 aspectos principais:
- 82% declaram que comprariam online se pudessem experimentar a obra de arte na própria casa;
- Para 81%, caso ela fosse produzida por um artista que já conhecessem;
- 73% comprariam se o valor fosse inferior a R$2000,00;
- Enquanto 69% levariam se soubessem que é possível trocar.
Isso demonstra que o mercado de luxo continua aquecido, principalmente quando o assunto é o consumo de arte, mesmo que os canais de acesso sejam diferentes dos habituais.
Conseguir manter as vendas é em grande parte responsabilidade do mercado de arte, que por sua vez tem se reinventado, criando estratégias mais atrativas, como oferecer obras de menor valor em plataformas online e de artistas mais conhecidos pelo público.
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